O que são as ações da bolsa de valores e como investir

25 de maio de 2018
Por Marden Rodrigues

O que são as ações na Bolsa de Valores?

As ações da Bolsa de Valores são a menor parte de uma empresa listada. Ou seja, cada ação representa um pedaço daquela companhia e todas juntas formam o seu capital.

Geralmente, as empresas recorrem ao IPO – Oferta Pública Inicial, em português – para captar recursos e, com isso, poder investir e continuar crescendo. Esta é a entrada da companhia no Mercado Aberto, que tem uma regulamentação específica, priorizando governança e transparência.

A Bolsa de Valores, por sua vez, é um mercado, hoje, online – já não existe mais aquela gritaria típica dos filmes –, no qual os investidores podem negociar as ações de empresas que estão inseridas neste ecossistema, basicamente com compra e venda de papeis, entre outros produtos financeiros.

No Brasil, são mais de 300 empresas, de todos os segmentos, listadas na BM&F Bovespa, que fica situada em São Paulo. Para se ter uma ideia, em 2017 a ações da Bolsa de Valores movimentaram em média R$ 7,19 bilhões por dia, um recorde.

Por anos, investir em ações da Bolsa de Valores tem sido o investimento com a melhor rentabilidade média, a frente do Dólar, do Euro e até do Ouro. Em 2017, a valorização média foi de 38,94%, acima da renda fixa, como poupança e o Tesouro Direto, e muito maior do que a inflação, que ficou abaixo dos 3%.

Para se tornar um investidor, não é necessário ser um grande empresário ou ter uma fortuna. Com uma quantia razoável é possível iniciar neste setor. Muitos investidores começam com pouco dinheiro e vão destinando parte dos ganhos para reinvestir.

Assim, entrar no mundo das ações da Bolsa de Valores pode ser uma excelente oportunidade para alcançar independência financeira, começar uma nova família ou, quem sabe, até virar um novo milionário.

A Bolsa de Valores oferece uma variada gama de ações de empresas de diversos segmentos para negociação.

Quais são os tipos de ações existentes?

Basicamente, são dois os tipos de ações existentes na Bolsa de Valores:

Ordinária (ON)

Possuir estes papeis dá direito a voto nas assembleias que definem algumas estratégias da empresa. O investidor tem papel ativo nos rumos da companhia, o que traz mais segurança a quem compra.

Quando a companhia é listada na Bolsa, ela precisa seguir regras mais severas de administração, compliance – boas práticas empresariais – e governança corporativa. Uma delas é realizar assembleias que auxiliem nos rumos da empresa, com o voto dos acionistas.

Preferencial (PN)

Não dá direito a voto nas assembleias, ficando suscetível às escolhas do corpo diretivo da empresa, porém tem preferência no recebimento de dividendos.

A divisão de lucros é prática comum, seja mensal, trimestral ou anual, e quem tem ações preferenciais recebe valores maiores.

Ao iniciar nos investimentos, é importante conhecer todas as opções e modalidades disponíveis para ver qual melhor se encaixa no seu perfil.

Como investir em ações?

Existem algumas formas de investir em ações da Bolsa de Valores. Cada uma tem suas características próprias, com vantagens e desvantagens. Vale conhecer todas elas para definir a melhor opção para você:

Clubes de Investimento

É a união de pessoas para que invistam juntas, somando todos os recursos dos participantes. Desta forma, o montante a ser investido aumenta, o que possibilita escolhas mais diversificadas nas ações da Bolsa de Valores, e as perdas e ganhos são diluídos por cada participante, diminuindo os riscos, mas também os ganhos.

Fundos de Investimento

Criado e administrado por bancos ou corretoras, os fundos oferecem cotas aos participantes e distribui a rentabilidade de acordo com as cotas possuídas. Existem diversos fundos, com perfis dos mais conservadores aos mais arrojados.

Importante conhecer bem cada um deles, pois nesta modalidade não é possível escolher em quais ações da Bolsa de Valores vai investir, mas dá para saber qual o direcionamento básico daquela carteira conhecendo o perfil do fundo aplicado.

Fundos de Índice

Chamados de ETF, eles espelham as ações de algum determinado índice, como o Bovespa e o Small Caps. O investimento é feito nas mesmas ações da Bolsa de Valores que compõem estes indicadores com o objetivo de obter a mesma rentabilidade. Por estar atrelado a índices, geralmente os riscos são menores, porém a rentabilidade também costuma ser diminuta em relação a outras modalidades.

Compra Direta de Ações

Principal e mais rentável forma, a compra direta é realizada pelo próprio usuário, como o nome já diz, pela Internet. Para realizar esta opção, é necessário escolher uma corretora licenciada, abrir uma conta na instituição, comprar as ações da Bolsa de Valores por meio do Home Broker (mais detalhes abaixo) e administrar sua carteira.

Apesar de ser a opção mais rentável, o usuário é o responsável direto pela administração das ações da Bolsa de Valores, por isso é importante estudar muito este universo e conhecer a fundo seu funcionamento.

Há um valor mínimo para investir?

Não há um valor mínimo para investir, sendo que já com cerca de R$ 1.000,00 já é possível iniciar uma pequena carteira de ações da Bolsa de Valores. Porém, por conta das taxas de administração, com quantias menores é preciso apostar em investimentos de mais alto risco, pois as taxas podem corroer a rentabilidade.

No entanto, diversos especialistas apontam que o ideal é iniciar com, no mínimo, R$ 5 mil para ter mais possibilidades de negociação e diversificação do portfólio. Além disso, é a partir de R$ 20 mil que você consegue ter uma gama maior opções e pode lançar mão de estratégias para montar sua carteira.

Investimentos na Bolsa de Valores são os que têm gerado os maiores rendimentos nos últimos anos no Brasil.

Quais são os riscos?

As compras e vendas de ações da Bolsa de Valores têm um alto risco, uma vez que há variação constante no preço das ações e estas oscilações são parte dos movimentos de mercado. Assim, não há uma garantia de retorno sobre o investimento.

O risco de mercado pode se dar por fatores internos da empresa, como queda nas vendas, investimentos malsucedidos e até um desastre em uma fábrica, como por externos, como medidas governamentais, desempenho do setor e entrada de novos players.

Há também o risco de liquidez, que é quando não se consegue negociar os papeis que possui, pois não há demanda no mercado.

Quais são os custos?

Entrar no mercado de ações da Bolsa de Valores incide em alguns custos, como taxas e impostos, e não apenas os valores dos papeis que serão negociados. Vale ressaltar que algumas cobranças são variáveis e outras só existem em certas modalidades, então é fundamental escolher bem a corretora e qual o tipo de ação irá negociar antes de iniciar neste mercado.

Taxa de Corretagem

É cobrada pelas corretoras por cada ordem que é emitida pelo investidor, seja na compra ou na venda de ações. Esta é a taxa que mais incide neste tipo de mercado, uma vez que ele se baseia na negociação direta de ações.

Taxa de Custódia

Esta é cobrada pela Bolsa de Valores mensalmente pela guarda de todas as ações. Como a instituições não cobram diretamente das pessoas, mas das corretoras, algumas dessas corretoras optam por não repassar os custos aos seus clientes como estratégia comercial, isentando-os.

Assim, elas assumem o pagamento da taxa, mas ganham na fidelização dos clientes antigos e viram alvo de novos.

Taxa de Emolumentos

Também cobrada pela BM&F Bovespa, esta é proporcional ao valor da compra e venda de ações da Bolsa de Valores. Por ter relação com o volume de negócios, quem compra e vende em maior quantidade acaba tendo que pagar mais.

Taxa de Administração

Válida apenas na modalidade Fundos de Investimento, esta cobrança é proporcional ao período e valor aplicado no fundo. Esta taxa tem natureza, como o próprio nome diz, administrativa, sendo usada pelas corretoras para manter e gerir os negócios.

Taxa de Performance

Também existente apenas para quem investe em Fundos de Investimento, a taxa aparece somente quando o fundo consegue um desempenho acima do que era esperado. Esta modalidade existe para premiar a corretora, como um incentivo próprio por ter escolhido as melhores opções, prevendo os movimentos do mercado.

Imposto de Renda

Os investimentos em ações da Bolsa de Valores são tributáveis pelo Imposto de Renda de Pessoa Física, o IRPF, em 15% nas operações normais e em 20% em operações Day Trade, uma modalidade rápida de negociação de ações (compra e venda) que ocorre em menos de 24 horas.

Apesar disso, caso o investidor venda menos de R$ 20 mil em ações por mês ele é automaticamente isento de Imposto de Renda, não precisando indicar suas movimentações à Receita Federal quando da declaração.

O que é o Home Broker?

O Home Broker é a ferramenta criada há alguns anos para a negociação de ações pela Internet. Ele substituiu os corretores ao telefone, das cenas típicas de filmes de Hollywood, por sistemas online, trazendo mais segurança e informações em tempo real.

Cada corretora tem a sua plataforma, com algumas diferenças. Porém o que é comum a todas é que o Home Broker traz vários painéis com diversas indicações, como cotações, gráficos, volume de ações da Bolsa de Valores, entre outros.

Investir em ações pode ser um importante passo para a estabilidade financeira.

Em resumo, investir em ações da Bolsa de Valores pode ser arriscado, porém com conhecimento é possível conseguir um bom rendimento nesta modalidade.

Quem estuda e conhece, acaba optando por entrar neste universo em busca de maiores rentabilidades, que os investimentos tradicionais não alcançam.

Se você almeja começar sua vida com um bom pé de meia, quer casar, comprar um imóvel, ter filhos ou mesmo busca enriquecer, a compra de ações da Bolsa de Valores pode ser a atividade ideal para você.

Ficou com alguma dúvida? Deixe seu comentário! E conheça nossos cursos sobre investimentos e se torne um investidor de sucesso em pouco tempo!

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