Vale a pena financiar um imóvel? Quais são as melhores opções?

24 de maio de 2018
Por Marden Rodrigues

Muitos brasileiros sonham em sair do aluguel, ou apenas ter o seu próprio espaço, e para isso, almejam comprar o seu imóvel próprio. Para isso acontecer, existem diversas formas de pagamento e compra é preciso saber se vale a pena financiar um imóvel. Por isso hoje em dia, normalmente, está mais fácil para que as pessoas conquistem a sua moradia própria.

Porém, essa é uma decisão muito importante na vida de quem pretende comprar,  e precisa ser muito bem pensada antes de tomar alguma atitude. Isso porque, na hora de comprar um imóvel o comprador precisa saber exatamente o que está fazendo e ter certeza de que essa é a decisão mais acertada, e se realmente vale a pena financiar um imóvel.

Nesse momento também surgem diversas dúvidas sobre qual a melhor forma de pagar e financiar um imóvel. Isso porque existem diversas opções de financiamento disponíveis atualmente. Por esse motivo, é preciso estar por dentro de como ocorre o processo de compra de um imóvel, além de como contratar um financiamento e como encontrar a melhor opção.

Após decidir como será feita a compra do imóvel, é preciso adequar esse valor dentro do orçamento do comprador, já que esse é um gasto que precisa ser assumido fielmente, sob pena de perder o imóvel em caso de falta de pagamento. Além disso, normalmente esse é um parcelamento longo, que requer um bom planejamento durante um tempo considerável.

Saber analisar as melhores ofertas é crucial para fazer um bom negócio. Além de que, na hora de comprar imóvel fazendo um financiamento, é preciso ver também a taxa de juros cobrada, já que ela pode mudar muito o valor final do produto, tornando-o mais acessível ou mais caro e podendo fazer com que não valha a pena financiar um imóvel.

Quais são as minhas opções?

Para quem acha que não vale a pena financiar um imóvel, existem outras opções que podem ser igualmente viáveis dependendo do comprador. Claro que é preciso analisar as peculiaridades de cada pessoa e suas condições pessoais, mas em termos gerais, são boas opções.

Use o seu FGTS para pagar o imóvel

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mais conhecido como FGTS é um valor referente a 8% do salário do empregado e que deve ser pago mensalmente pelas empresas, em uma conta do funcionário que deve ser aberta na Caixa Econômica Federal.

O trabalhador não tem livre acesso a esse dinheiro, mas há momentos em que é permitido o saque desse valor. Um desses casos é para a compra, reforma ou pagamento de imóveis.

Caso a pessoa possua um saldo considerável em sua conta do FGTS, o consumidor pode usar o FGTS para inclusive pagar a vista o imóvel. Essa é uma alternativa viável que esse dinheiro muitas vezes não é considerado pelos consumidores.

Ele pode também ser usado para complementar um valor já possuído pelo comprador, para que ele não precise recorrer a financiamentos.

Em determinados casos, o uso do FGTS pode ser de uma imensa ajuda na hora de comprar imóveis.

Compre através de um consórcio

Para quem não tem pressa em receber o novo imóvel, uma boa alternativa são os consórcios. Isso porque em alguns casos a pessoa pode conseguir usufruir do imóvel apenas 5 ou 10 anos após o início do pagamento.

Os consórcios são grupos de pessoas que pagam parceladamente por um determinado bem. Uma administradora controla e cobra mensalmente esses pagamentos, e fica responsável por controlar o dinheiro e entregar os imóveis.

A entrega desses imóveis ocorre por meio de sorteios. Esses sorteios acontecem durante o pagamento das parcelas, e a cada sorteio um pagador recebe o direito de utilizar o imóvel enquanto ainda está pagando.

Quando sorteado, o cliente deve continuar pagando normalmente até o fim das parcelas. Já caso o pagador não seja sorteado, no fim do pagamento ele recebe o imóvel.

O sonho da casa própria está cada vez mais acessível mas será que vale a pena financiar um imóvel?

Então, vale a pena financiar um imóvel?

A cada caso existe uma melhor solução. Devido a alta taxa de juros, quando outra opção é cabível, é sempre preferível evitar os financiamentos. Mas caso o comprador não possua o dinheiro necessário para realizar o pagamento a vista, e deseja utilizar o imóvel se maneira mais imediata, os pode valer a pena financiar um imóvel

Porém, o cliente precisa possuir uma renda que comporte as parcelas do financiamento sem comprometer outras partes dos gastos mensais. De maneira nenhuma é recomendado que a pessoa assuma uma dívida além do que possa pagar.

Se o consumidor também conseguir equilibrar sua renda mensal de maneira que não produzirá outros gastos altos que comprometam sua renda.

O cliente também deve ser uma pessoa disciplinada e responsável, para que a compra do imóvel não se torne um problema. É preciso entender o tamanho da compra e como ela deve ser adequada no orçamento.

Também não é recomendado que uma pessoa que já possua altas dúvidas mensais assuma mais uma. Isso porque a situação pode sair do controle e acabar se tornando uma bola de neve, até que o comprador esteja endividado. Portanto, o consumidor precisa ter a consciência de saber identificar sua situação e analisar até onde pode ir e vale mesmo a pena financiar um imóvel.

Observe o valor final

Antes de contratar um financiamento, além de analisar o valor da parcela, é preciso ver também o preço final do imóvel, ou seja, quanto será pago ao total, no fim do parcelamento do imóvel. Assim, é possível saber quanto realmente será pago pelo produto, o que é difícil mensurar apenas olhando pelo valor da parcela e descobrir se vale a pena financiar um imóvel.

Além disso fica mais fácil saber qual será o valor total pago de juros. Os juros tendem a ser bem altos, e podem assustar quando analisadas mais de perto. Muitas vezes eles podem até dobrar o valor do imóvel, o que acaba deixando caro para o comprador.

A taxa de juros deve ser minimamente observada para saber se realmente é vale a pena financiar um imóvel. Além de influenciar no bolso do cliente, pode afetar no valor da parcela e no tempo a ser parcelado , já que normalmente, quanto maior o valor final do produto, mais tempo o comprador tende a demorar a pagar.

Consumidores mais conscientes atentam-se a essa questão já que a longo prazo esse valor pode fazer muita diferença. A curto prazo, se o valor da parcela estiver dentro do limite de pagamento do comprador basta, mas nem sempre isso é tudo.

Mesmo quando o comprador não opta pelo financiamento, analisar o valor final do imóvel é igualmente importante. Por isso é preciso observar também o preço de outros imóveis, para tirar como base qual o valor deve ser pago pelo imóvel em questão. Fora que, com a pesquisa, é mais fácil encontrar preços mais baixos.

Em alguns casos ainda é possível encontrar imóveis com parcelas mais altas mas valores finais mais baixos. Por isso observar também o valor total é tão importante para fazer um bom negócio.

Sempre procure calcular o valor final do produto para saber se vale a pena financiar um imóvel

O que é a quitação antecipada?

A quitação antecipada é uma alternativa para quem quer terminar de pagar o imóvel mais rapidamente. Ela consiste em pagar antecipadamente o valor total ou parcial que ainda falta para quitar, de maneira antecipada e nesse caso pode valer a pena financiar um imóvel.

Se o comprador possui esse valor disponível, deve levar em consideração a quitação antecipada, até porque, pode acabar pagando mais barato do que o planejado anteriormente.

De acordo com o Artigo 2 do Código de Defesa do Consumidor e com a Resolução 3.516/2007 do Banco Central, as empresas devem abater os juros das parcelas restantes, tendo assim, um desconto no valor da parcela. Como dito anteriormente, os juros pesam na parcela, e quando descontados, apresentam uma boa diminuição no valor.

Algumas empresas procuram dificultar essa prática tão benéfica para o consumidor, por isso existem algumas regulamentações, e o consumidor deve abrir os olhos para isso. 25

Após feita a solicitação a empresa deve cumprir um prazo pré determinado para entregar o cálculo com o valor a ser pago pelo consumidor. Assim, o consumidor também não deve ser prejudicado quando pretender pagar antecipadamente, já que essa prática é muito vantajosa para quem está comprando e nesse caso vale a pena financiar um imóvel.

Além de que, os juros contabilizados como aqueles que estão a ser cobrados do cliente, devem ser aqueles referentes a apenas a parcelas anteriores ao requerimento de quitação. Os juros que estão no intervalo entre o pagamento do financiamento e a solicitação de pagamento total não devem ser cobrados.

Esses juros entram junto com os juros das parcelas da quitação, e não devem ser cobrados da mesma forma.

Algumas empresas também cobram taxas ou multas por razão da quitação. Isso é para dificultar a quitação e tentar fazer com que o cliente desista da antecipação. Essas práticas são consideradas ilegais, e o comprador não deve acreditar nesses abusos. Caso isso aconteça, esse tipo de atitude deve ser denunciado para órgãos de defesa ao consumidor.

A quitação antecipada pode apresentar várias vantagens para o consumidor

A longo prazo

O ponto mais importante no quesito valer a pena financiar um imóvel  é pensar a longo prazo é que o financiamento muitas vezes pode durar anos, é o que mais precisa ser falado é sobre o planejamento necessário para assumir esse tipo de conta. É necessário considerar que além do tempo, normalmente a parcela também possui um valor que compromete uma boa parte da renda do consumidor.

É preciso pensar também os planos futuros como uma festa de casamento, filhos ou gastos com estudos. Metas que possuam um valor alto devem ser levados em conta, para que no futuro não haja comprometimento do orçamento, nem futuro endividamento.

Em caso de parcelas que não são fixas, também é preciso avaliar os valores futuros para que não hajam surpresas negativas. Normalmente o consumidor recebe uma previsão dos futuros preços e deve adequá-los a seus futuros gastos e orçamentos.

Além disso, é preciso tentar prever os futuros salários, para que no primeiro momento haja a certeza de que será possível quitar o financiamento sem maiores dificuldades.

Aliás, esse é um dos maiores receios de quem vai assumir um financiamento longo. A falta de certeza de que vai conseguir manter o pagamento da dívida afasta muitos compradores. É impossível saber se o consumidor continuará trabalhando durante todo o tempo, por exemplo. O medo de ficar endividado ou com o “nome sujo” faz com que muitas pessoas desistam de se comprometer.

Um financiamento sempre precisa ser pensado a longo prazo

Burocracias

Documentos pessoais

Há documentos pessoais que são estritamente necessário na hora da compra. Além de documentos básicos como CPF e RG, também é preciso provar a regularidade do nome e do CPF diante a Receita Federal.

Certidões

Existe também um conjunto de certidões exigidas na hora de transferir um produto de um proprietário para outro. Entre elas estão a certidões negativas dos cartórios de protestos de capital, certidão de propriedade, com negativa de ônus e certidão negativa de PMSP comprovando a quitação de impostos municipais.

Documentos de venda do imóvel

Outros documentos são importantes para a venda de um imóvel. Eles servem normalmente para demonstrar a regularidade do imóvel, sem que seja transferido dívidas para o futuro comprador.

Dentre esses documentos estão o registro de compra, a quitação do IPTU, escritura regularizada, comprovante de quitação condominial e o pagamento do imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI).

Você não está preso ao financiamento

Conforme dito durante esse artigo, existem outras opções além do financiamento que podem ser escolhidas pelos compradores que não desejam realizar o financiamento imobiliário.

Saber se vale a pena financiar um imóvel é o primeiro passo para decidir qual será o meio de pagamento escolhido.

Comprar direto do proprietário pode ser uma alternativa

Comprar diretamente com o proprietário pode valer mais a pena do que financiar um imóvel, já que as condições de pagamento podem ser negociadas com o proprietário, e possuir menos juros do que um financiamento com um  banco, por exemplo. Essa não é uma das práticas mais utilizadas hoje em dia, mas ainda pode ser um bom negócio.

Encontrar qual a melhor opção para o bolso não é tarefa fácil.

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